Em tardes assim aonde o silêncio se mistura ao cotidiano
Te encontro andando dentro de mim
Se a barulhenta vida me impede os teus passos escutar
São em silêncios assim que te descubro vivo desafiando minha resistência Surpreende-me ainda tua presença
Já tecia o tempo com os fios da tua ausência
Reescrevendo em lembranças vagas a nossa história, o nosso descobrimento
Em tardes assim onde o silêncio cala fundo olhando absorta em pensamentos Noto que em mim, ainda ficaram de ti, resquícios
Fecho os olhos e me vêem os sentidos apurados na escuridão do enleio
E sinto o calor das tuas mãos ao pousares sobre o desavisado seio
Na face o rubor de menina
Nos lábios a procura faminta de mulher
Cravo os dentes na boca e sinto sangue e saliva
Último meio desesperado de retorno à vida...