Que a terra enternecida oferecia graciosamente
A quem nela penetrasse... sem nenhum respeito
Eu vi o pássaro beijar a flor
E no seu bico perpetuar
Volitando alegremente
A vida e a espécie
Eu vi o homem se perder em perguntas
Tendo à sua frente... respostas
Eu vi o ser cheio de luz...cego
Eu vi a Terra...
Explodir em vida, perfeição e beleza
E o homem cego... se arrastar por ela
Eu vi...
E tanta coisa eu vi
Que desisti de enxergar
Pois perante a luz
Que brotava de dentro de mim
Me inebriei, e por medo de perdê-la
Fui capaz de beber da luz
De quem brilhava menos que eu
Cada ser tem dentro de si mesmo
A centelha divina de luz
E a partir do momento que ela se acende
Precisamos difundi-la e
Abraçar com ela toda a obscuridade
Antes que ela se apague... perdida
Entre os dedos gananciosos
Do homem, que destrói a terra
A árvore, o rio, o pássaro
E toda a vida que há em volta dele
Que cego, se atira em buscas
Ofuscado em sua ânsia de poder
Cego por sua pouca capacidade
De doar e agradecer
O que foi lhe oferecido gentilmente
E em abundância.